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A vida é feita de momentos. Há momentos nos quais colhemos os louros da vitória, saboreamos os manjares do banquete dos vitoriosos, dormimos o sono do cansaço da boa peleja e recebemos as honras pelo êxito. Noutros momentos, contudo, colhemos o fruto amargo da derrota, saboreamos as lágrimas amargas dos derrotados, sofremos a insônia pela angústia e recebemos como prêmio a humilhação pelo fracasso. A vida é feita de momentos. Momentos bons, momentos ruins e momentos vazios. Há momentos que não se enquadram em ‘bons’ ou ‘ruins’. São os momentos de ausência, são momentos sem sentido. Ninguém é bastante forte a ponto de se gabar de não ter momentos ruins. Ninguém é tão fraco a ponto de dizer que nunca viveu momentos bons. Os ‘fracos’ e os ‘fortes’ passam por momentos bons e ruins, e todos enfrentam os momentos vazios. A vida é feita de momentos, e vive bem a vida quem consegue ter consciência de que, por isso mesmo, as circunstâncias que vivemos, quer sejam de alegria, de tristeza ou simplesmente de vazio de sentido, não são permanentes. Ter consciência de que nossa vida é feita de momentos leva-nos a: 1) Manter a diligência, quando “tudo está bom”. A alegria pela vitória em um determinado momento pode embriagar-nos, tornando-nos ufanistas, triunfalistas e com sentimento de onipotênciade mudança, bem como as palavras de Jesus: “no mundo passareis por aflições...”. A diligência não permite que tiremos os pés do solo da realidade! Torna-nos cônscios de que precisamos manter nossa dependência total e irrestrita do P, como se fôssemos inatingíveis. Poucas coisas têm sido tão perigosas para a fé cristã quanto este sentimento ufanista, que apregoa que “ser cristão de verdade é vencer sempre e tudo”. Esta pseudo-teologia, mentirosa e, por isso mesmo demoníaca, ignora a realidade de que só Deus é Imutável, sem sombra alguma Autor de nossa vida, que está conosco tanto nos “pastos verdejantes”, quanto “no vale da sombra da morte”. 2 2) A não perder a esperança, quando “tudo está ruim”. Se a alegria da vitória pode embriagar-nos com o ufanismo, a tristeza pela derrota pode embriagar-nos com o fel da depressão. Tão perigosa quanto a pseudo-teologia da prosperidade é a teologia ‘kármica’ do “Deus quis assim”, que leva muitos cristãos a aceitarem situações de miséria, injustiça e opressão, como se fossem fatalismos, fatos irremediavelmente ocasionados pelo “deus destino”. A esperança cristã não permite que tenhamos os pés fincados no solo do fatalismo. A esperança cristã fundamenta-se na fé no Deus que “vivifica os mortos e chama à existência as coisas que não existem” (Romanos 4.17). Em outras palavras, a esperança cristã ensina-nos a ir além do que vemos, sentimos ou racionalizamos. 3) A buscar mudança, quando o vazio tentar ocupar espaço em nossa história. O sentimento de nulidade pode ser a mais trágica forma de morte. Albert Schweitzer, teólogo, médico, músico e missionário, escreveu: “a maior tragédia do homem é o que morre dentro dele quando ele ainda está vivo”. Estar morto ainda que respire é realmente uma tragédia! Quando o vazio da existência passa a ser uma realidade, a vida perde o seu sentido. Sem sentido, transformamo- Ter consciência de que a vida é feita de momentos livra-nos da petrificação dos sentidos e, e desta forma, abre-nos a possibilidade de mudar (ou sermos mudados). A perspectiva de que o vazio do momento pode ser transformado, pela graça de Deus, em “vida em abundância”, não permite que aceitemos ser senão aquilo para o qual fomos criados, a saber: seres humanos cujo propósito é viver segundo a vontade de Deus, o Seu Criador. A vida é feita de momentos! Quando os momentos forem de vitória, atribua a honra e glória ao único que é digno e merecedor: o Senhor Jesus Cristo. Isso o livrará do ufanismo e o fará diligente. Quando os momentos forem de angústia, saiba que você não está sozinho. Jesus está com você. Ele é a esperança que nunca falha. Quando o momento for de vazio, nulidade e falta de conteúdo, então é o momento certo de você render-se aos pés de Jesus Cristo e experimentar o seu cuidado amoroso, seu poder glorioso, sua graça infindável, sua alegria inesgotável, seu caminho seguro, sua verdade inquestionável, seu perdão incomensurável, sua paz inigualável e sua vida abundante e eterna! Ézio Martins de Lima, rev Igreja Presbiteriana Independente Central de Brasília - DF :::::::::::::::::::::::::******:::::::::::::::::::::::::
Adriana Lyra Temei ao Senhor, vós os seus santos, pois nada falta aos que temem. Pensamento Oração :::::::::::::::::::::::::******::::::::::::::::::::::::: |