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“Quando chegou perto da porta da cidade, levavam um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva. E com ela ia uma grande multidão da cidade. Vendo-a, o Senhor sentiu grande compaixão por ela, e lhe disse: Não chores”. Lc 7.12-13 Quantas vezes precisamos entender os avessos da vida. Mas muitas vezes não suportamos olhar para o lado certo, o lado direito, o lado convencional. Nós precisamos entrar nos avessos. Os avessos sustentam a trama da vida e nem sempre é fácil chegar até eles, sobretudo quando um coração precisa descobrir a graça para continuar de pé, a força para continuar viva quando tudo é tão contrário a ela. Reconciliar os contrários. Essas coisas miúdas do dia a dia - nós passamos pelas experiências todo o tempo. Quantas vezes acontecem coisas contrárias a nós: Palavras que nos dizem um olhar, um gesto, mas e quando um drama como o que aconteceu com a viúva de Naim se estabelece em nossas vidas? Perder um filho. Sepultar alguém que você gerou e que há pouco tempo estava no mundo – esse contrário, ter que dar conta disso, ter que dar conta deste momento de vida, deste retalho. A vida é semelhante a uma cocha de retalhos e nós precisamos ter a sabedoria de descobrir que ela não será feita apenas de retalhos felizes, mas a sabedoria consiste também em nós não deixarmos nenhum retalho de fora. É preciso colocar todos, precisamos colocar todos para que a nossa história seja completa. A dor da viúva de Naim, a dor de tantos de nós, pessoas que nós nem sabemos que existem e neste processo de não saber quantas pessoas estão com a cocha da vida com um retalhinho na mão se perguntando: “E agora? Onde eu irei costurar isso? Onde darei jeito de colocar este retalho uma vez que não posso jogá-lo fora?” Você já deve ter experimentado isto, quantas vezes você ficou com o retalho na mão sem saber onde colocá-lo. Quantas vezes você ficou ali no silêncio do seu tempo, do seu quarto, sua sala, sua cozinha – e agora? O que eu faço com isso? Algum tempo atrás fiquei com o meu retalhinho na mão – meu amigo partiu no dia do meu aniversário. Havia saído para comprar meu presente, parou para tomar um suco e ali, naquela lanchonete do Méier (RJ) partiu. Uma semana antes havíamos estado juntos. Uma semana antes ele havia tocado violão na minha sala, tínhamos dado risadas, ele havia feito sua última surpresinha deixando um bloco com folhas coloridas com meu nome impresso em dourado em cada folha e junto ao bloco um de seus bilhetinhos. Quando corremos atrás do avesso daquilo que nos faz doer, quando corremos atrás do avesso daquilo que nós não entendemos, não ficamos apenas com aquilo que conseguimos ver. Mas nesta corrida atrás dos avessos muitos encontram os mais estranhos caminhos: uns buscam as drogas, outros a solidão, outros a bebida, outros respostas mágicas. E nós? Para onde estamos correndo? Estamos buscando ser encontrados por pessoas que crêem na ressurreição e assim sermos tocados pela força deste contrário e prepararmos para celebrar a vida daqueles que um dia partiram? Eu não sei o que você faz com a sua dor, o que eu sei é que muitas vezes buscamos um caminho errado para a solução dela e pode ser que você também esteja buscando errado. Muitos de nós podemos buscar no lugar errado, pessoas erradas, situações erradas, querendo dar solução aos problemas da vida. Quantas são as semanas que encontro jovens drogados porque não sabem o que fazer com a vida. Quantas vezes encontramos pessoas alcoolizadas que transformaram o álcool num vício terrível na sua vida porque não sabem conviver com os problemas que tem. Caminhos errados. O avesso errado, O contrário errado. Quando a morte se estabelece, a perda se estabelece, o sofrimento se estabelece, nós devemos buscar ser os mais verdadeiros possíveis, nós não podemos entorpecer a nossa alma, nós não podemos entorpecer a nossa cabeça, a nossa mente. Nós precisamos erguer a nossa cabeça e buscar a solução. Nós temos como mudar o fato? Então nós permitimos que o fato nos modifique. Não podemos alterar os acontecimentos? Então vamos permitir que os acontecimentos nos alterem. Nós precisamos de sabedoria nestas horas. Nossos queridos não podem morrer em vão. Todo sofrimento não pode ter passado em vão por nós, alguma coisa nós teremos que aprender com tudo isso. Assim como a viúva de Naim encontrou alívio para sua dor e reconciliar os contrários que a vida colocou dentro dela, quem sabe você hoje possa fazer o mesmo. Este texto é para você, mas também é para mim, pois não falo nada que não acredite, não falo nada do que não busque – é a dinâmica da vida, é a dinâmica da minha vida, tentar descobrir uma direção espiritual, algo que nos sustente no momento em que tudo parece ser frágil dentro de nós. Mude a direção. Não vá encontrar uma solução fácil. Busque ainda que o caminho seja difícil, mas busque o que de fato possa lhe fazer bem. Não entorpeça a sua cabeça com medicamentos, drogas, com álcool. Não vá se entorpecer de coisas ruins. Queira a Palavra que faça bem, queira a Palavra de Jesus, queira o olhar redentor desse Deus maravilhoso que nos ajuda a colocar as coisas no lugar. Dá trabalho! Mas é muito bom saber que Deus está do nosso lado nos ajudando a reconciliar os contrários O Senhor te abençoe e te guarde. O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti. O Senhor sobre ti levante o seu rosto, e te dê a paz. Shalom! Regina Lopes www.reginabrazlopes .blog.uol. com.br :::::::::::::::::::::::::******::::::::::::::::::::::::: |