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Nos últimos domingos um grupo vem trabalhando o texto de Paulo aos Gálatas (Gálatas 4) e segundo os grandes estudiosos a carta de Paulo aos Gálatas é uma das traduções mais fiéis. É como se fosse um dos resumos mais fiéis do cristianismo. Quando nós lemos o livro de Gálatas mergulhamos no espírito do cristianismo - o que Jesus propôs, o que a igreja pretende. A carta gira o tempo todo em torno da questão da liberdade e a liberdade é muito cara dentro do contexto do cristianismo. O tempo todo ela fala da necessidade de se alcançar a liberdade. Essa palavra é muito concreta e atual, parece que o escritor já estava mergulhado no mistério humano a ponto de compreender algumas coisas que até hoje são difíceis de nós compreendermos: Fazer a comparação de uma criança com um escravo. Como é que uma criança pode ser comparada a um escravo? Uma criança é tão cheia de graciosidade, é tão linda, é tão cheia de encantos. Como é que eu posso dizer que uma criança tem características de um escravo? Freud dizia que a melhor maneira de você encaminhar uma criança para a maturidade é deixá-la brincar com jogos que tenham regras. Regras simples. O jogo de cubos tem peças coloridas e a peça amarela não pode ser encaixada no lugar da peça vermelha. A peça amarela só pode ir para o outro lado onde tem outra peça amarela e a vermelha tem que seguir a regra. São regras simples, mas que vão criando dentro da criança uma estrutura que Jean Piaget chamava de juízo moral. Sabe o que é juízo moral? É aquela capacidade que nós temos de administrar uma informação. Por exemplo: “proibido pisar na grama” - isto é juízo moral, é você capaz de distinguir que não é certo pisar na grama. É interessante porque é uma lei, é uma regra, mas eu não sou escrava desta regra por uma razão muito simples, eu sei o significado que há na regra, aqui está a grande diferença. Uma criança é escrava no momento em que ela não sabe a razão da regra, mas no momento em que compreende a razão ela deixa de ser escrava e passa a administrar a informação que ela recebeu e assim você vai amadurecendo a criança para que ela possa por meio de joguinhos simples, brincadeiras criativas, coisas que nós como pais sabemos que fazem parte do processo de amadurecimento de nossos filhos. Por esta razão não incentivamos nossos filhos com armas, brinquedos violentos porque isto não irá educa-los para as regras. Que regra há em um vídeo game onde você é pontuado a partir do momento em que mata pessoas. Há um jogo onde você ganha mil pontos se matar uma criança, mil e quinhentos se matar um idoso e quatro mil pontos se matarem uma mulher grávida. Nós só poderemos respeitar uma lei se nós tivermos ultrapassado o limite da ignorância cega. Quando nós somos escravos, nós não somos capazes de obedecer a nada – nenhuma regra será capaz de nos convencer de que vale a pena fazer aquilo. A palavra de Paulo é completamente atual para o contexto o qual nós estamos vivendo, porque também nós temos características da criança no nosso comportamento, também nós ainda trazemos as infantilidades nos nossos afetos porque nós ainda não aprendemos a amadurecer. Nós ainda continuamos em insistir em ter características infantis, mas não às positivas, aquelas que Jesus salientava como ter a simplicidade, a sinceridade, não, nós insistimos em trazer em nós ainda um arsenal de infantilidades, de sentimentos infantis, de sentimentos egoicos que nos levam a um processo de egoísmo, onde nós só pensamos em nós mesmos, nas nossas necessidades e não há mais nada. A escravidão dos afetos, quando nós não sabemos equilibrar a nossa vida afetiva, quando nós não sabemos equilibrar as nossas emoções, nós viramos crianças e prejudicamos as pessoas que estão ao nosso lado com o nosso comportamento, com nosso jeito de ser, nós nos transformamos num desastre humano, nós nos transformamos em verdadeiros monstros porque se tem alguém que pode se transformar em monstro é uma criança e para isto basta não educá-la para as regras, basta permitir que ela seja infantil além do tempo, basta que não disciplina, basta que permita que ela faça tudo o que quiser ao seu tempo, basta que você não observe o processo da maturidade que lhe dará o direito de exigir daquele filho na hora certa. Nós precisamos aprender estas coisas, afinal nós somos os responsáveis pela educação de nossos filhos. É igual a estudar para passar num concurso – se você quiser ser bem sucedido na sua profissão, você terá que ser competente no assunto, ser pai e ser mãe não é só colocar filhos no mundo, mas é a partir do momento em que se descobre grávida, começar a procurar estudar para saber quem você vai trazer ao mundo. A primeira psicóloga dos nossos filhos somos nós e precisamos ser os mais competentes, pois é conosco que eles passam a maior parte do tempo. Não existe esta história de que pariu o menino, jogou para fora, deixa que a vida crie. Não! Você está sendo tão infantil quanto ele. Colocou um filho no mundo? Então vá buscar livros de psicologia infantil para educar bem o seu garoto a sua garota para que ele não fique criança além do tempo, para que você permita que a infância dele seja no tempo certo, para que as emoções sejam articuladas do jeito certo, e ele não fique aquele garotão o resto da vida que é incapaz de se doar por alguém porque a infância dele está preservada dentro dele de um jeito negativo. Gente a palavra é muito dura! Paulo faz uma comparação da infância com a escravidão – é deixar de ser escravo e a condição de escravo é lamentável. Nós somos escravos de tudo aquilo que não sabemos. Se eu não sei um idioma eu sou escrava daquela língua e alguém pode falar o que quiser e eu não terei a compreensão do que está sendo dito. Tudo aquilo que não sabemos pode nos tornar escravos – é engraçado isso, tudo aquilo que você desconhece tende a ser soberano sobre você. Pegue um livro que não entende nada, pegue um daqueles mais complicados e você se sente um ignorante lendo aquilo, mas é porque você não sabe no momento em que você busca compreensão aquele texto deixa de te escravizar, deixa de ser poderoso sobre você. Meu bem a nossa relação com as pessoas é a mesma coisa. Quantas vezes você temeu alguém? É porque você não conhecia. E onde está à infância e a escravidão nisso? Em não ter coragem em abrir as portas para poder conhecer e você se limitar na resposta fácil, em você se limitar em ficar chorando sem fazer esforço. É próprio da criança dá birra e o que é a birra? É a incapacidade que ela tem de lidar com o fracasso: “Eu queria que minha mãe comprasse aquilo e ela não comprou, então não vou nem pra frente e nem pra trás, eu caio é aqui mesmo e abre o berreiro”. A birra é o reconhecimento do fracasso: “Eu sou um porcaria, não consegui nem mover o coração da minha mãe para que ela comprasse o que eu queria”. A expressão mais dramática da infância é a birra. A birra é a manifestação pública da infância, da infantilidade, do excesso de infância. É aquela realidade que a pessoa não sabe lidar porque fracassa e fracasso é sensação. Quando se sentiu fracassado veio um aperto no teu peito? Sabe naqueles momentos em que a pessoa diz: “Que vergonha, meu deus eu não dei conta, não tenho nem coragem de contar para os outros que eu não passei”. E existem pessoas que se sentem tão fracassadas que reprovam até em exame de fezes, já está tão fracassadas que não passa nem no exame de urina aí dá birra, dá birra, chora, chora, mas não faz nada para começar, para continuar a vida, onde é que está o problema da birra? A birra emperra a pessoa de tomar uma decisão. “Tudo bem , não comprou, vamos embora”, mas a criança não sabe resolver esta emoção dentro dela – somos nós que vamos ensinar nossos filhos – não vamos comprar pronto e acabou e se ficar dando birra vai ficar sozinho (a) no meio do shopping. Ensine sua criança a lidar com limites, ensine a criança a lidar com os nãos, ensine a criança a lidar com a não possibilidade, pois caso contrário você terá um monstro que viverá dando birra e quando estiver adulto vai dar birra com o próximo. Agora... Cá pra nós, quantas vezes na vida você dá birra também, só que você não deita no chão, a sua birra se manifesta de outra forma. Suponhamos que você tenha se aborrecido no mês passado com alguém e então encontra com a pessoa um mês depois e você estava bem, estava animado, mas a partir do momento em que encontra com a pessoa faz imediatamente cara de “neutro”. Você conhece alguém com cara de neutro? Nós nunca sabemos o que a pessoa quer. Você pergunta: vamos? Pode ser lá? Ela faz cara de neutro e responde: “Cê que sabe” e é complicado gente que vive no “cê que sabe” – ela mesmo não sabe nada, nós temos que saber tudo, até nisso a pessoa é preguiçosa. O “cê que sabe” é típico da criança que não tem coragem de manifestar o que deseja, pois se depois algo sair errado ela joga a culpa toda em você. “Eu falei que eu não queria vir aqui - ou melhor, não falei, eu só fiquei calada, mas pensei lá não é bom não”. A pessoa joga toda a responsabilidade em cima do outro – infantilidade! Durante minha infância ouvi várias vezes minha mãe dizer: “Fulano tem espírito de porco”. Eu dava boas risadas porque ficava tentando imaginar o que seria isto. Penso que tenha compreendido a metáfora: O “espírito de porco” é aquele que fica dentro do carro durante a viagem falando baixinho de vez em quando para a outra pessoa: “não sei, acho que este caminho está errado”, mas não fala para o motorista, não dá opinião e vai sussurrando: “gente eu acho que está errado” e depois que descobre que estava errado mesmo aí ela abra a boca: “Eu falei! Eu estou aqui achando esquisito desde a hora em que eu percebi! A pessoa não abriu a boca na hora em que precisava abrir porque é criança mimada. A infantilidade preservada ficou ali impedindo a pessoa de se manifestar – é escrava dela – não tem coragem de se manifestar. Estas coisas acontecem com tanta facilidade! Imagine músicos se preparando para tocar, afinando os instrumentos e o “espírito de porco” está lá e percebe que há alguma errada e na hora que o show começa ouve-se um grande barulho e então a pessoa se manifesta: “é eu tinha percebido, só não falei nada para não ser enjoado”. O cenário está arrumado, todos estão trabalhando e a pessoa não é capaz de pegar agulha. Ela não levanta uma palha, mas fica lá no canto resmungando: “Acho que esse trem não vai dar certo” Por favor, venha então e partilhe – qual a razão para que aquilo não dê certo? Sua opinião poderá ser preciosa – isto é a mesma coisa que dá birra, só que nós nas escravidões dos nossos afetos damos birra de forma diferente. Nós não temos coragem de deitar no chão e gritar (às vezes tem lá no particular, não sei). A nossa birra emocional se manifesta na nossa cara fechada, no nosso mau humor, na nossa resposta ríspida, é ali que a infância – essa que não deve ser preservada vem pra fora no nosso comportamento. Existem duas diferenciações interessantíssimas que a criança não é capaz de fazer – o tempo todo na vida nós somos ofendidos – não adianta. Por mais que você diga: “Existem dois tipos de pessoas as que me amam e as que ainda não me conhecem”. Por mais que você seja uma pessoa querida, que chama todo mundo de linda, simpática, por mais que você seja assim tem gente que não gosta de você – nós sempre teremos alguém que não gosta da gente e é bom que seja assim. Uma ofensa pode ser uma palavra, aquele olhar – tem gente que sabe ofender olhando pra gente. Há ofensas, há danos e há perdas. Eu te pergunto: um olhar maldoso sobre você é uma ofensa ou é uma perda? É um dano ou é uma ofensa? É só uma ofensa. Mas a criança acha que é dano. “Mãe está me olhando feia!” – a manifestação é imediata – ela não sabe diferenciar que uma ofensa não é dano. O outro me olhar feio não me prejudica em nada, me prejudica se me der um beliscão, uma rasteira – isso é dano. Se levantar uma calúnia concreta isto é dano. Mas um olhar, uma palavra maldosa, aquelas coisas do dia a dia, isto é ofensa que nós precisamos saber jogar para fora o tempo todo. Muitos dos nossos traumas, dos nossos problemas emocionais não nascem de perdas concretas – nós não perdemos nada com aquela fofoca, com aquele comentário, nada com aquela ofensa e a pessoa vive como se tivesse perdido. É a infância, é a escravidão do não saber. É impressionante que o processo de cura na vida humana é sempre um processo de substituição. O processo de cura de Deus em nós se dá no ato de iluminar a nossa inteligência para nos dar condições de ver o mesmo fato com olhos diferentes. Digamos que você tenha sido traumatizado lá na sua infância quando você não sabia o que significava um quarto escuro e alguém lhe fechou dentro deste quarto e lhe disse que ali tinha um monstro. O que um quarto escuro pode nos fazer? Só uma canelada na cama – é o único mal que pode fazer. Sabe aqueles dias de inverno que você está debaixo das cobertas – aquele frião e você levanta com vontade de fazer um pipi? Você levanta e não vê a quina do armário. É o único maleficio que um quarto escuro pode fazer em uma vida – é você chutar alguma coisa, mas quando você era criança por alguma razão ou por alguma coisa errada que você fez e por uma falta de sabedoria daqueles que te educaram sem saber lidar com a sua peraltice poderiam lhe disser: “Vou deixar você naquele quarto onde tem um defunto, tem um monstro ai dentro”. Preste atenção na música que cantava para as crianças dormirem: “Boi, boi, boi da cara preta, pega essa criança que tem medo de careta”. Olha que coisa terna, que psicologia fantástica! Falavam para a criança que o boi da cara preta vinha pegar. Se não lavasse a boca o rato vinha roer e a criança iria amanhecer sem a metade do rosto e depois trancava a crianças em um quarto escuro e diziam que tinha um bicho lá dentro. Uma criança não tem inteligência suficiente para saber que o bicho não existe – ela acredita na palavra da mãe – o referencial de verdade que uma criança tem é o pai e mãe. Se o pai ou mãe diz que tem um bicho lá dentro a criança vai acreditar. A emoção é uma forma de inteligência. Só que naquele momento que a criança é fechada no quarto escuro ela vai viver tanto o medo do bicho que está lá dentro que a criança vai ficar traumatizada para o resto da vida e quando crescer esquecerá a ameaça da mãe ou de quem quer que tenha colocado você dentro do quarto escuro, só que hoje quando a pessoa entra num quarto escuro a sua emoção é burra – ela vem pra fora com aquele medo, com aquele pavor e a pessoa não consegue controlar o sentimento adverso, contrário que enche de insegurança e de medo. Como é que a pessoa vai poder livrar o seu coração desse medo de quarto escuro? Racionalizando. Então se a emoção é uma forma de inteligência que te domina o tempo todo você precisa trazer a sua razão para viver o processo de cura de sua emoção. Isso é psicologia, não estou inventando. Isto é terapia. É aquilo que na hipnose consciente eles fazem a pessoa tomar contato com aquilo que traz o medo, com aquilo que traz o trauma e reconstroem através de uma reformulação racional. A pessoa uma vez por outra se expõe ao quarto escuro e diz para si mesma que o quarto escuro não pode lhe fazer nada de mal. A pessoa cura seu medo do quarto escuro assim. No início a pessoa tem pavor, mas à medida que vai enfrentado a realidade nas doses que puder, não se expondo demais ao medo, mas aos poucos ela começa a perceber que o processo é como se segurasse a criança pela mão. No último capítulo da minissérie Chiquinha Gonzaga há uma cena memorável - aparece Chiquinha Gonzaga jovem, adulta e idosa – sentada na cama à mesma pessoa, nas três fases da vida conversa – a mais jovem questiona sobre os erros do passado, e a idosa a acalma – a meia idade contestando alguma coisa meio envergonhada e a idosa mais uma vez dizendo a ela que não precisava se envergonhar daquilo porque naquele momento da vida ela não tinha razões suficientes para compreender os fatos daquele jeito. Isto é muito sábio. Não importa quantos anos você tenha, mas utilize-se da sabedoria que a vida já lhe deu para você se sentar com todas as suas idades e corrigir um pouco o seu passado como se você tivesse hoje a oportunidade de sentar você criança no colo. Consegue imaginar isso? Você hoje adulto, com você criança no colo? Dizendo a essa criança que ela não precisa ter o mesmo medo que ela tinha naquele tempo – que você hoje está com ela, que o adulto está aqui para acompanhar a criança medrosa. Veja que coisa linda! Deus nos dando a oportunidade pelas fases da vida, pelas estações da vida, pela experiência do tempo, daquilo que a vida lhe proporcionou, você ter a oportunidade de se colocar no colo e se curar dos medos do passado. Olhar para você mulher de hoje, homem de hoje olhar para você aquele do passado que foi abandonado – aquele abandono que marcou tão negativamente o seu coração e poder dizer para si mesmo: “Não tenha medo daquele abandono, quem te abandonou não te conheceu e quem não te conheceu jamais poderia ter te amado”. Você ter a coragem de se encontrar nas diversas fases da vida – aqueles traumas da adolescência. Você hoje adulto consciente do que foi a sua vida, do que foram os seus medos sendo capaz de olhar para você mesma em fases diferentes da sua vida. Exerça a sua criatividade! Que a sua oração seja assim, que você ao se recolher para orar traga as suas fases da vida que precisam ser curadas. Se os seus maiores traumas nas emoções, se os seus traumas nos afetos estão na infância, habitue-se a trazer a criança para o colo, a olhá-la nos olhos, a conversar com ela, a dizer a ela o que não sabia naquele tempo, mas que você já sabe. Substitua o que é ruim por aquilo que é bom hoje, a experiência que você tem de permitir que Deus venha resgatar a sua alma machucada, o seu espírito doido, é você ter a oportunidade de se refazer na vida para não continuar arrastando esse monte de decepções que são frutos de uma fase da vida em que você não conseguiu compreender o que acontecia. Quantas vezes vocês foram humilhados por serem ruins em alguma coisa – alguém era muito melhor do que vocês. E há pessoas que são ótimas daquilo que fazem, mas que são agressivas com os outros porque ainda trazem a insegurança – não sabem que são bons. Observe um profissional muito agressivo que tem medo de discutir o que ele sabe que tem medo que o outro saiba mais do que ele - é aquele que foi em um dado momento da vida olhado nos olhos, chamado de burro, “você não pode nada, você não sabe nada”, só que hoje pode, mas continua com aquele registro de que não sabe e no passado realmente não sabia – o trauma ficou dentro dele, o registro da emoção ficou negativa mesmo que hoje ele saiba que tem um conhecimento muito apurado, a emoção é burra, a emoção trai. Quando pensamos na paixão – a emoção vem pra fora e vem de um jeito nada sábio, não passa muito pelo conhecimento, pela razão e você olha depois e diz: Meu Deus como eu tive coragem de fazer aquilo. Foi porque você estava no impulso da sua emoção que muitas vezes não tem cerca. Não tem cerca! É preciso voltar no tempo e olhar para aquela emoção e corrigir aquilo. Coisa boa é você ter a oportunidade de se reconciliar com você mesmo – nenhuma reconciliação com os outros será possível se antes você não viver a reconciliação com você mesmo. Nenhum perdão será concreto se antes você não se perdoar, nenhum olhar será profundo se antes você não se olhar. Você não será capaz de encontrar ninguém nesta vida se antes você não se encontrar. É a vida. Não importa o que nós tivemos no passado. Deus nos dá hoje inteligência para olhar para o dia de hoje e reconstruí-lo com a força do poder do céu. Deus é especialista em cura, Deus é especialista em curar corações feridos, Deus é especialista em curar corações machucados. Deus é especialista em gente que não deu certo, de gente que não sabe viver. Não fique fora deste grupo! Não tenha medo dos seus medos, não tenha medo dos seus traumas, não tenha medo das histórias passadas, não tenha medo daquilo que os outros fizeram de você, mas tenha medo daquilo que você faz de você. Ao invés de ficarmos fazendo birra, lamentando que a vida seja um inferno, que a vida não deu certo, que ninguém te amou ninguém te quis, ninguém te ajudou. Levante-se! Não é momento de birra! Não é momento de ficar lamentando o que não se teve. Deus é porta sempre aberta para que nós descubramos um jeito novo, mesmo que você tenha 60 anos e durante 60anos não tenha sabido o que é amor – não importa – seja capaz de trazer todas as fases de sua vida para a cama, sentar com ela, consolá-las porque o maior consolo que você pode receber na vida não vem do outro, vem de você mesmo, pois não adianta nada o outro te autorizar a viver se você ainda continua não se permitindo. Não adianta absolutamente nada que o outro sinalizar sinal verde para você se você continua se colocando no sinal vermelho impedindo-se de ir adiante, impedindo-se de conquistar aquilo que o Senhor proclamou e preparou para você. Não adianta nada que o outro ache que você vai dar certo se você não se convencer disso. Seja igual ao rio – quando colocam barreiras para que ele não continue ele fica profundo – ele não fica lamentando porque não tem para onde ir - ele cria profundidade onde ele está. Seja um rio! Pare de dar birra na vida, pare de lamentar o que você não teve. Abra os olhos porque você ainda pode muito e é Deus quem diz isto hoje. É Deus que nos assegura que a vida ainda não teve fim. É Deus que continua nos retirando da escuridão do poder das trevas, do poder lamentável da birra. É Deus continua nos olhando do mesmo jeito, como Jesus olhou para todos aqueles que passaram pela vida Dele. Esse é o desconcerto do cristianismo – Deus ainda prefere os piores, Deus ainda prefere os que não deram certo, Deus ainda prefere os que são miseráveis. O grande desafio está aqui - no momento da minha birra Ele me encontra, no momento da sua birra ele te encontra e fica parado, não diz uma palavra. Espera a sua birra terminar, olha para você e diz: “Acabou? Terminou a birra? Agora se levante e vai ser gente”. Regina Lopes :::::::::::::::::::::::::******::::::::::::::::::::::::: |